terça-feira, 8 de setembro de 2009

Vida de tuno

Ao contrário do que muita gente pensa, um tuno nao é um bebedo que toca e canta!
Ser tuno não é apenas um estado de espírito, é uma forma de vida, isto porque um tuno tem que ter uma disponibilidade extrema e acima de tudo tem que ter muita presença.
Para um tuno vos presentear com os seus repertórios extremamente variados, indo desde adaptações de temas de autor, passando pela música erudita, até composições originais cuja temática incide essencialmente na vida boémia estudantil, na celebração do amor, mantendo afinidades temáticas com o fado, tem que prescindir de parte da sua vida para ensaiar e preparar estes.
Um tuno nao forma uma tuna, mas sim a sua força conjunta ao fazer que as coisas aconteçam e avancem.
Assim deixo uma questão no ar, é o tuno que faz a tuna, ou a tuna que faz o tuno?
Já ouvi dizer em tempos, uma tuna é uma familia...
Pois na minha opinião não passam de clichês de pessoas que na realidade vivem para satisfazerem os seus próprios caprichos.
Um tuno é amigo, companheiro não só dentro como também fora da tuna, ajuda e é solidário com a sua mas também com outras tunas.
Isto é apenas a visão de um tuno muito inexperiente nestas vivências, assim para terminar deixo um excerto de Munoz y Mantilla do seu livro "História de uma Tuna":

"Num mundo materialista e sofisticado, os Tunos são os únicos que aguardam ao pé de uma janela ou varanda. Pedem somente um sorriso, uma palavra ou um cravo. Trazem amizade, solicitam amor..."

Cumprimentos,
Sérgio (caricas) Infinitum

Definição de tuna

Existem várias definições para uma tuna mas encontrei uma definição que considerei bastante apropriada no http://notasemelodias.blogspot.com:

Definição de Tuna Académica/Universitária:Tuna Académica/Universitária, é um grupo de cariz musical, constituído por estudantes ou antigos estudantes do ensino superior, em representação do estabelecimento ou da instituição de ensino superior que frequentam ou a cujos organismos artísticos pertençam, ou, ainda, livremente associados, que reproduzem uma cultura e tradição secular (com raízes no séc. XIII), herdada dos antigos pícaros e sopistas do Século de Ouro espanhol, através do conceito de “correr la Tuna” manifestado e vivenciado pelos Tunos/Tunas do país vizinho, que chegou a Portugal em finais do séc. XIX e foi retomado nos anos 80 do séc. XX. Apresentam-se com o traje da academia em que se integram ou indumentária própria (devendo, neste último caso, ser de inspiração académica, do traje espanhol à capa e batina, incluindo, por vezes, elementos de inspiração etnográfica/histórica da região em que se enquadra a sua actividade estudantil), no estrito respeito pelas raízes tradicionais estudantis nacionais (ou tunantes – numa concepção ibérica). Fazem-se acompanhar, essencialmente, de cordofones, podendo também incorporar outros instrumentos de carácter acústico e portátil, cuja configuração permita a mobilidade e cariz migratório da Tuna, na interpretação de repertórios eclécticos e variados, de que a vida estudantil é denominador e traço comum.